O espetáculo do circo, aos primeiros olhos, encanta. Cores, sons, luzes, palmas, gargalhadas, alegria!
A bailarina mostra toda a sua graciosidade ao envolver-se e desenrolar-se no tecido.
O palhaço faz rir, mostrando que não há nada no mundo que não se possa resolver com o bom humor.
O trapezista tem movimentos precisos, coragem e determinação ao desafiar os ares.
O domador é corajoso, tem força e habilidade para enfrentar o leão.
O leão por sua vez, mostra-se desafiador aos atos de quem o doma.
Mas, ao apagar das luzes e desmontar da lona, o espetáculo se desfaz.
A bailarina, ao desfilar movimentos graciosos, na verdade oculta suas dores.
O palhaço que faz rir, por dentro chora a perda da pessoa amada.
O trapezista mascara o medo da morte fingindo coragem e determinação.
O domador usa força e habilidade para espantar o pavor que sente do leão.
Já o leão é na verdade um desafiador do próprio medo que tem do domador.
No circo é assim: ao final, as luzes enfraquecem, as cores desbotam, as palmas e gargalhadas desaparecem, a alegria vira apenas uma lembrança boa.
Tudo não passa de um grande espetáculo!
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